No dia
8 de março é comemorado o dia Internacional da Mulher. A cada ano
este dia é marcado pelos desafios enfrentados, reflexões e diversas
manifestações, comemorado lutas feministas por melhores condições
de trabalho e direito de voto, no início do século 20, na Europa e
nos Estados Unidos.
Ser
mulher é passar o dia no trabalho dando um duro e mesmo assim
mantendo a casa em ordem na medida do possível, é cuidar dos
filhos, do cachorro ou do marido/namorado (quando os tem). É cuidar
do intelecto, pois uma mulher de verdade é inteligente e está
sempre aprendendo coisas novas. A beleza vem em segundo lugar, mas
nunca é deixada de lado, é conhece seus direitos, é enlouquecer ás
vezes, de amor, de paixão, de estresse, de raiva, de ciúmes, de TPM
e mesmo assim continuar linda e cheirosa em todos os momentos.
Iremos
retratar histórias de algumas mulheres que não desistem de lutar
pelo seu crescimento. A mulher tem marcado as últimas décadas
mostrando que competência no trabalho também é um grande marco
feminino. Apesar de ser taxada como sexo frágil, a mulher tem se
mostrado forte o bastante para encarar os desafios propostos pelo
mercado de trabalho.
Nelsa
Rodrigues (Fotógrafa) – Sempre gostei de fotografias e fui mãe
muito cedo. Quando a minha primeira filha nasceu, comprei uma maquina
para bater fotos dela. Percebe que me identificava muito, tirava boas
fotos e resolvi me dedicar a isso. Comecei com as maquinas de filme,
depois comprei uma digital e hoje estou uma com uma profissional,
isso já faz uns quinze anos, profissionalmente tem quatro anos.
Trabalho com todos os tipos de foto produto como canecas, chaveiros,
porta canetas, cubos enfim, a procura sempre é muito grande, pois
tenho clientes em todos os cantos de Fortaleza devido ao meu trabalho
na TV Diário, fotografando artistas.
Ângela
Queiroz (Psicóloga) – Me formei esse ano em psicologia em São
Paulo, mas atualmente me encontro trabalhando com Recursos Humanos,
que é área organizacional. Sempre gostei de tentar entender as
pessoas, acho o ser humano incrível. Sou natural de São Miguel/RN,
mas moro em São Paulo desde criança. Amo o que faço e não faria
outra coisa. Não pretendo ficar na área de recursos humanos e sim
futuramente montar uma clínica pra mim na minha área. No amor,
estou à procura e sim acredito no príncipe encantado, não aquele
perfeito, mas aquela que vai ser perfeito pra mim, mesmo com todos os
seus defeitos.
Raísa
Maciel (Modelo) – Trabalho como modelo desde os onze anos. Entre
dos muitos trabalhos, fui miss contagem 2010, mas também sou
bacharel em direito e já estou me preparando para um mestrado. Amo
animais e tenho um ramister de estimação. Como toda profissão,
estamos expostas a levar cantadas, já levei várias, mas sempre os
deixo em seus devidos lugares com bastante elegância. Estou
comprometida e muito feliz.
Maria
de Fátima (Dona de Casa) – Desde criança cuido dos meus pais,
então posso dizer que sou dona de casa desde meus oito anos. Tive
que deixar de estudar para cuidar de uma sobrinha e seis anos depois
de minha filha. Ser mãe solteira naquela época, não era fácil.
Criei minhas filhas com muito sacrifício e ajuda de um irmão que
faleceu a pouco tempo. Morei com um homem durante dezoito anos, mas
atualmente me encontro solteira, apenas namorando. Quando minha mãe
faleceu em 2010, sofri muito, mas superei, hoje continuo dona de
casa, montei uma banca de pó de guaraná e é o meio que encontrei
de ganhar um dinheirinho sem precisar sair da minha casa e deixar de
cuidar dos meus animais.
Leda
Maria (Tatuadora) – Trabalho com tatuagem há algum tempo, comecei
através do meu primo que é dono da loja, ele me convidou e ensinou.
Com o tempo comecei a colocar piercing e depois tatuagens, mas
somente desenhos básicos. E como não tem muitas tatuadoras, gostei
bastante da ideia. Gosto de trabalhar com piercing, pois a tatuagem
já é mais demorada e não tenho tanta paciência. Futuramente
pretendo entrar na área da saúde, conversando com alguns clientes
optei por me especializar em enfermagem até porque de certa forma os
utensílios e materiais são os mesmos e o cuidado também.
Vera
Lúcia (Camelô) – Meus pais eram camelôs e me trouxeram para
trabalhar com eles, eu tinha sete anos na época. Estudava e
trabalhava. Mais tarde comecei um curso de contabilidade, mas não
dei continuação porque engravidei muito cedo. Hoje, minha renda
familiar vem toda do meu ponto no centro, na feira e das vendas de
batatinha frita na Beira-Mar, é deles que sustento meus quatro
filhos e minha mãe que é adoentada. Hoje, a vida de camelô está
mais difícil porque tem muitos concorrentes e sou julgada por tudo,
ainda mais por ser mulher, mas gosto do que faço.
Ser
mulher não é nada fácil. E isso é algo que nenhum homem jamais
vai entender. Ser mulher é cuidar, é amar.
Feliz
dia da mulher...