"Se as coisas não saíram como eu quis, posso me dar por feliz, porque tenho o dia de hoje para recomeçar!" (Charles Chaplin)

sábado, 18 de agosto de 2012

ONG's sobre o meio ambiente

Você quer saber mais sobre a situação do meio ambiente no Ceará e como as instituições estão agindo para a preservação, mobilização e conscientização? Segue abaixo uma lista de alguns sites e blogs onde você podera obter informações e quem sabe até fazer parte nos projetos.

VEGAN STAFF - CEARÁ
Site: www.veganstaff.org
E-mail: ceara@veganstaff.org


NAVE - NÚCLEO DE AGROECOLOGIA E VEGETARIANISMO
Contato: n.a.ve@grupos.com.br
Blog: www.n-a-ve.blogspot.com



ASSOCIAÇÃO CIVIL ALTERNATIVA TERRAZUL
E-mail: ternativa.terrazul@terra.com.br 
Site: www.terrazul.m2014.net

ASSOCIAÇÃO DE PESQUISA E PRESERVAÇÃO DE AMBIENTES AQUÁTICOS 
E-mail: faleconosco@aquasis.org
Site: www.aquasis.org

FUNDAÇÃO DE SAÚDE E INTEGRAÇÃO SOCIAL - CIS
E-mail: fundacaocis@gmail.com
Blog: fundacaociscoreau.blogspot.com.br

INSTITUTO DE ECOLOGIA SOCIAL CARNAÚBA
Site: www.carnauba.org.br 

ONG CACTUS
Blog: ongcactus.blogspot.com.br

ASSOCIAÇÃO CAATINGA
Site: www.acaatinga.org.br

UNIÃO MUSICAL ALTERNATIVA DO SERTÃO CENTRAL
E-mail: unimasc2012@gmail.com


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Feijoada de frutos do mar



Comer é um dos prazeres da vida e, pensando nisso, a Revista A Praia dá uma dica para os amantes da boa culinária, onde é possível encontrar um cardápio variado capaz de satisfazer paladares.

Esqueça a carne seca e a costelinha de porco. Camarões, lagosta, polvo e caldo de peixe fazem deste preto uma saborosa mistura de feijão branco com delícias do mar. A feijoada sem dúvida é um dos pratos mais populares do Brasil. Não há como resistir ao sabor do feijão mais bem temperado e repleto de ingredientes, mas de onde veio esta delícia?

Como símbolo da culinária nacional, a feijoada é uma mistura dos costumes alimentares europeus e a criatividade do escravo africano. Naquela época, a refeição dos escravos de Diamantina era composta basicamente de fubá de milho, feijão e sal.

Assim, o feijão misturado com farinha de mandioca ou fubá grosso de milho, antes de ser servido, virou prato tradicional naquela época. Pouco depois, acrescentou-se a este prato a carne, toucinho e farinha. Estava feita a primeira feijoada.

Hoje pode esquecer-se da linguiça, costelinha de porco, bacon e a carne defumada. A feijoada de frutos do mar é uma inovação originada da Espanha e preparada com feijão branco, peixe, camarão, lagosta e polvo.

Embora o feijão preto seja um dos pratos mais famosos da culinária brasileira, a irresistível Feijoada de Frutos do Mar que é servida no Boteco Praia titulada como melhor lugar para paquerar na cidade, é um dos pratos mais requisitados.

A ideia de acrescentar esse prato exclusivo no cardápio do restaurante veio de Edilson e Wellington, ambos gerente do estabelecimento onde conversando com alguns clientes resolverão aderir a Feijoada de Frutos do Mar como especialidade da casa, aos sábados e domingos.

De acordo com Jorlandio da Silva, chefe de cozinha, a intenção do prato é não perder a essência da feijoada tradicional, na qual cada ingrediente e acompanhamento têm papel fundamental na construção do sabor.

Além de ser um diferencial na culinária do local, a Feijoada de Frutos do Mar é rica em propriedades como zinco, ferro, vitaminas no complexo B que ajudam na manutenção do sistema nervoso central e na formação de glóbulos vermelhos, rico em magnésio, ajuda na formação dos ossos e ainda traz outros benefícios.

A vantagem dessa inovação é que pode comer sem se preocupar muito com a balança, pois diferente da feijoada tradicional que tem aproximadamente 1.000 calorias, a de Frutos do Mar tem menos da metade: 450 calorias.

Ficou com água na boca? Veja abaixo uma receita de feijoada feita pelo restaurante Boteco, o qual é o único restaurante de Fortaleza que tem em seu cardápio, Feijoada de Frutos do Mar.

RECEITA

MODO DE PREPARO

Ingredientes

400 g de feijão-branco Água

2 dentes de alho

1 ½ cebola pequena

40 ml de azeite

60 g de tomate pelado

2 tabletes de caldo de peixe

½ kg de gelo

1 kg de tentáculos de polvo

1 kg de lagosta

20 ml de óleo de soja

70 g de lula

70 g de camarão médio

1 g de coentro fresco

Sal

Pimenta

Modo de preparar

Na panela de pressão, coloque o feijão e cubra com água (3 centímetros acima). Tampe a panela e leve ao fogo médio. Espere começar a chiar e deixe cozinhar por mais 10 minutos ou até que os grãos fiquem macios. Escorra e reserve. Para preparar a base, amasse um dente de alho e pique meia cebola pequena. Numa panela, aqueça 10 mililitros de azeite e, em seguida, junte o alho. Deixe dourar e acrescente a cebola, o tomate e os tabletes de caldo de peixe. Refogue bem. Junte 0,5 litro de água e 100 gramas do feijão cozido e deixe cozinhar por mais 10 minutos. Bata tudo no liquidificador e reserve. Reserve.

Coloque os tentáculos de polvo numa panela de pressão, cubra com água, junte 20 mililitros de óleo e a cebola pequena. Leve ao fogo médio e cozinhe por 10 minutos, contados após a válvula da panela começar a chiar (ou até o polvo ficar macio). Escorra, corte os tentáculos em pedaços de 6 centímetros de comprimento e reserve. Retire-as e reserve.

Corte a lula em anéis de 1 centímetro de largura e tempere-os com sal e pimenta a gosto. Frite-os numa frigideira com 10 mililitros de azeite e reserve. Faça o mesmo com os camarões, após descascados. Em uma panela grande, coloque 10 mililitros de azeite.

Adicione também o restante do feijão cozido e deixe ferver por 5 minutos. Sem desligar o fogo, incorpore o polvo, a lagosta, e deixe cozinhar por mais 5 minutos. Em seguida, junte o camarão e a lula. Deixe mais 2 minutos. Desligue o fogo, jogue o coentro e mais 10 mililitros de azeite.

Dica especial:

Sirva com arroz branco ou arroz com açafrão. A receita também fica uma delícia acompanhada de uma farofa de dendê, farofa de ovos com camarão e couve manteiga e abacaxi no forno com banana, canela e vinho branco para ficar mais saboroso.

Fonte: Boteco Praia

Av. Beira-Mar, 1680.  Fone: (85) 3248.4773

Aberto todos os dias (às sextas, sábados e domingos, a partir do 12h)

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Memórias da escravidão no Ceará




O Museu Senzala Negro Liberto está localizado no município de Redenção, a 50 km de Fortaleza, capital do Ceará. Este espaço guarda memórias da história brasileira desde o século XVIII. Criado em 2003, o museu é composto por canavial, senzala, casa grande, moageira e uma unidade de produção da aguardente Douradinha, envelhecida em tonéis de bálsamo por 30 anos. O sítio onde o museu está localizado foi construído pela família Muniz Rodrigues, em 1873.

O engenho é outro atrativo do museu, pois a máquina de moer a cana foi fabricada na Escócia, em 1927. Atualmente, o museu funciona de agosto a setembro, produzindo entre 8 a 15 litros de caldo de cana por dia para a produção da cachaça. Funcionando a vapor, esse equipamento utiliza o bagaço da cana de açúcar como combustível.

Como marco histórico, a Vila de Acarape, hoje Redenção, foi o primeiro município brasileiro a dar alforria aos negros cativos. Esta ação foi executada antes da assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel.
Sendo a primeira província do Brasil a abolição da escravatura, em 1883, o sítio se tornou referência. A Casa Grande, antigo Engenho Livramento, é repleta de histórias dessa época. Sendo passado de geração a geração, hoje, os responsáveis pela manutenção da área são Hipólito Rodrigues de Paula Filho, conhecido como “Potin” e sua filha Eneida Muniz Rodrigues, membros da família de Juvenal de Carvalho.

A fazenda, que possuía 100 hectares de terra, cresceu bastante depois de ser comprada por Juvenal.  O piso da Casa Grande, em mosaico português, é original do século XVIII. Vale lembrar que a fabrica de cachaça, produzida pelos escravos, está no mercado há 138 anos, sendo que, a cultura própria daquela época, continua sendo preservada, conforme se pode observar pelo artefato preso na varanda (uma cabeça de boi).
A senzala é outro grande ponto do museu, localizada no subsolo, o espaço é muito pequeno e cheio de morcegos, marcas visíveis da crueldade imposta pelos senhores aos negros.  

Histórias
Na varanda da Casa Grande fica um sino com a seguinte frase “Sino para anunciar a labuta” (labuta significa “trabalho penoso”), de acordo com a lenda,  se alguém tocar no sino, caso seja solteira, após o toque nunca mais se casará, ou se for casada, em pouco tempo se separa ou fica viúva.
Outro grande fato foi à morte de uma escrava na fazenda. Conta-se que a escrava cuidava do único filho do senhor Simão e, por descuido, deixou a criança cair, causando acidentalmente a morte do menino. O senhor revoltado, espanco-a, torturando-a durante dias e em seguida, foi enterrada viva no local da senzala, próximo aos troncos.

Na casa também está preservado o documento que traz o nome antigo do município que se chamava Calaboca. Esse nome veio porque na antiga Acarape existia um mosteiro de frades, com a presença de indígenas, quando os frades se reuniam para as orações, os índios começavam a fazer barulho e os frades ordenavam que calassem a boca.

Castigos
  • Tronco – Os escravos que eram encontrados dormindo ou sem trabalhar no horário do serviço, eram levados até o tronco. Lá, eram expostos para que as pessoas que passassem no local pudessem açoitá-lo.
  • Vira mundo – Os escravos ficavam amarrados das 18 horas até as 5 horas do dia seguinte, com os pés e as mãos presas a um instrumento de ferro.
  • Sala dos Troncos – Os escravos eram surrados com chicotes feitos com bacalhau a couro cru. Na época, cada ponta do chicote continha lâminas, pregos, ferro etc. Após o castigo, eles eram banhados com água misturada com sal, vinagre, pimenta e urina de animal.
  • Solitária – Caso houvesse tentativa de fuga, os escravos eram mantidos em um pequeno espaço fechado permanecendo, neste local sombrio, por sete dias.