Fortaleza não é só uma cidade de belas praias, muito humor e sol o ano todo. É bem verdade que essas grandes atrações são o que movimenta a cidade quase todos só dias. Sendo a quinta cidade mais populosa do Brasil, Fortaleza não é só diversão, é preciso vivê-la para sentir sua arte, suas cores e sua vibração. Por de trás desse grande lugar paradisíaco existem pessoas e momentos que contribuirão para que a pequena vila de Nova Lisboa se tornasse uma Fortaleza de histórias.
A capital da alegria, nos permite mergulhar no passado através de seus encantamentos, monumentos, histórias de ruas e praças que são marcadas por acontecimentos como o Passeio Público que traz testemunhos sobre a execução dos rebeldes da confederação do Equador, a Catedral Metropolitana de Fortaleza, em estilo gótico e românico e a Farmácia Oswaldo Cruz, a mais antiga da cidade. Conhecer Fortaleza é como fazer uma viagem ao Ceará de antigamente com museus, teatros, igrejas e prédios históricos.
Com grandes e antigos casarões muitas famílias foram crescendo na cidade e a população foi ficando cada vez mais numerosa, daí feita de belas poesias e romances, a capital do Ceará foi destacada por Raquel de Queiroz. Romancista, cronista, professora, jornalista e teatróloga brasileira, Raquel publicou vários trabalhos no jornal O Ceará destacando os primeiros poemas modernistas.
Iniciando sua carreira literária com o livro O quinze, onde retratava o drama da população que vivia na seca e da extrema pobreza que existia., Raquel ficou bastante conhecida em todo o país. Seu último grande sucesso literário foi Memorial de Maria Moura (1992) que se tornou minissérie de televisão, onde teve grande repercussão por retratar da história de uma mulher que mora no sertão nordestino e é envolvida pela mistura de família, honra e terra.
Por melodias, arranjos e grandes serenatas, nasceu em ritmo de valsa Alberto Nepomuceno, considerado o pai da música erudita. Foi violonista, professor e até compositor fazendo parcerias com poetas e escritores como Machado de Assis e Olavo Bilac. Com a sua importância no cenário musical brasileiro, Nepomuceno tornou-se incentivador de talentos nacionais. Algumas de suas obras que marcaram época foram como Mazurca, Une fleur, Ave Maria e Marcha fúnebre.
De histórias e pinturas, de tintas e sensações, estimulados pelas grandezas e riquezas de Fortaleza, Antônio Bandeira, autodidata e um dos maiores representante da pintura brasileira moderna, aos 19 anos de idade, participou da criação de um Centro Cultural em Fortaleza, iniciando o movimento artístico no Estado.
Dando destaque as belas paisagens de Fortaleza, Bandeira, procurava mostrar uma realidade autônoma, algo com elementos específicos de comunicar um sentimento, uma emoção, uma lembrança. Rompendo com o estilo tradicional, ele com sua próprias ideias tentava desenvolver uma transposição de seres, coisas, momentos, que erma vividos no presente, passado e futuro.
Hoje com 285 anos, Fortaleza, a cidade menina, se orgulha de ter muitos personagens que contribuirão e deixarão marcas, estas que transcende o passado e mergulha em um futuro de novas descobertas.